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Empresariado quer redução do IOF para estimular crédito

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, defendeu nesta quinta-feira (27) a redução da alíquota do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) - que é cobrado na concessão de empréstimos - para reduzir o custo dos financiamentos e estimular a concessão de crédito no Brasil. A medida já está sendo adotada para o setor de motos, que enfrenta forte queda de vendas. "Acho muito importante nessa hora [de crise financeira]. O IOF é um imposto regulatório", disse ele, antes de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. No início deste ano, o governo elevou o IOF para fazer caixa por conta da perda da CPMF. Com ajuda do IOF maior, a arrecadação federal manteve o fôlego e segue batendo recordes neste ano - mesmo sem a CPMF. Monteiro Neto defendeu ainda uma atuação mais forte dos bancos públicos, por meio da redução de suas taxas de juros, para estimular a concorrência bancária no país e, deste modo, favorecer o crédito. "O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal representam 40% do sistema bancário brasileiro. Têm peso", avaliou ele. Nesta quarta-feira, o BB anunciou redução das taxas de juros de algumas linhas de crédito. O presidente da CNI voltou a defender, ainda, a realização da reforma tributária e disse que o assunto também deve ser debatido com Mantega. "É um tema irrecusável", disse Monteiro Neto. Nesta quarta-feira, a entidade lançou cartilha, na Câmara dos Deputados, pedindo urgência na tramitação da reforma tributária. Sobre o encontro com Mantega, o presidente da CNI afirmou que se trata de um encontro de rotina, no qual serão discutidos os reflexos da crise no setor produtivo.
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